...No
dia seguinte, Mariana foi para a enfermaria particular, tinha apenas três
camas, bem perto da porta, estava uma cama com os lençóis muito bem esticados e
uma colcha muito branca, os lençóis tinham as iniciais do hospital a
azul, era a cama de Mariana e iria ser por muito tempo…
Quando
a mãe se despediu, a jovem ficou meio perdida, ficar ali sozinha como seria, ia
começar uma nova etapa. Na cama à frente da sua estava uma idosa que aparentava
ter 70 anos, ao lado esquerdo, uma outra cama com uma senhora, devia ter 60
anos.
Aquele quarto começou a dar-lhe alguma segurança,
afinal se aquelas senhoras tinham que estar ali, porque não ela também.
O
dia acordou sorridente, o sol entrou pela janela sem ser convidado, parecia
desejar as boas vindas a Mariana.
-
Bom dia Mariana! -Exclamou uma enfermeira muito sorridente.
-
Bom dia! -Respondeu Mariana, reparando que a jovem enfermeira estava grávida. A
enfermeira, apresentou as duas doentes e disse que o seu médico ia vê-la nessa
manhã.
A
meio da manhã, bateram à porta do quarto, era o médico da Mariana, um homem de
estatura média, calvo e com uns olhos muito azuis.
-
Bom dia jovem! -Exclamou o médico, sorrindo.
-
Bom dia Dr. - Respondeu Mariana.
O
médico, fez muitas perguntas à rapariga, fez-lhe todos os testes que o
neurologista já tinha feito e confirmou que ela não tinha força do lado
esquerdo, medicou-a e passou muitos exames e análises para fazerem a Mariana. O
neurocirurgião, medicou a jovem e esta começou a andar menos mal disposta,
começou a comer um pouco melhor, aquela cama do hospital começou a ser o seu
quarto, começou a ter algum carinho por ele, era o seu cantinho. Havia um
armário ao lado direito da sua cama, onde Mariana guardou as suas coisas, com
muito carinho. No quarto havia uma janela enorme virada para a entrada do
hospital, ali podia-se ver quando chegavam as visitas, ao pé da janela existia
uma mesa redonda com três cadeiras e foi ali que Mariana, sentada numa daquelas
cadeiras começou a ler um livro, aquela iria ser a sua sala de leitura.
Enquanto esperava pelo resultado dos
exames Mariana lia o seu livro, era uma história triste mas com um final feliz.
Uma
manhã, apareceu a jovem enfermeira, com o seu sorriso habitual, e perguntou a
Mariana:
- Queres
vir comigo ao jardim apanhar flores para a tua jarra? -Perguntou a enfermeira.
- Sim,
quero!- Exclamou Mariana muito feliz, pois ia apanhar um pouco de ar fresco.
Era
um jardim enorme, tinha árvores muito antigas e um grande roseiral.
Apanhou
algumas flores e quando chegou ao quarto, colocou-as não na sua jarra mas na
que estava no centro da mesa, assim as flores também eram para as suas colegas
de quarto.
Uma
noite, estava Mariana a dormir profundamente quando se ouviu um estrondo
enorme, a senhora que estava ao seu lado esquerdo, tinha caído para o chão.
-
Bem bastam as minhas dores e os meus problemas, agora também cai para o chão,
-
disse a senhora meia a dormir meia acordada.
A pobre criatura andava sempre a cair da cama,
Mariana tinha que carregar na campainha para chamar a enfermeira.
Como
era habitual, Mariana lia o seu livro sentada na cadeira ao pé da janela, até
que as visitas chegassem. O livro falava de uma menina que tinha uma doença
nervosa e que lhe tinha caído o cabelo e o seu maior desejo era que o cabelo
nascesse aos caracóis e nasceu. Bem junto à testa nasceu um lindo caracol que
colocou-o de imediato fora do lenço para que todos pensassem que tinha uma
linda cabeleira aos caracóis.
- Finalmente
chegaram as visitas! - Exclamou Mariana às suas colegas de quarto, a sua
alegria estava a voltar, mas a força nos membros não. Adorava que as suas
visitas chegassem, isso dava-lhe força para o resto do dia.
Passaram
algumas semanas e não havia novidades sobre a doença de Mariana.
Era,
dia do médico ir ver Mariana e trazia consigo o resultado dos exames.
-
Olá jovem! Já tenho o resultado dos exames, temos que fazer um
electroencefalograma, disse o médico.
-
Que exame é esse Dr.? - Perguntou a Mariana
- É
um exame à cabeça, mas fica descansada que não custa nada, -respondeu o médico.
Mariana,
vestiu o seu robe, como estava tão magra parecia mais alta e seguindo a
enfermeira, foi fazer o exame. O resultado foi entregue à enfermeira . O médico ao ver o resultado, pediu de imediato que a levassem no dia
seguinte ,a uma clínica fazer uma angiografia cerebral.
A
partir daquele momento começou tudo a andar muito depressa, Mariana começou a
ficar muito preocupada, até porque já se sentia um pouco melhor e pensava que
não eram precisos mais exames. Os pais foram avisados do que se estava a
passar.Que teria visto o médico no electroencefalograma? -Questionou Mariana.
No
dia seguinte, Mariana teve que se levantar cedo, estava muito preocupada com
tudo o que estava a acontecer, a
porta do quarto abriu-se.
-
Mariana já está pronta? -Perguntou a enfermeira.
-
Sim, onde vou fazer o exame? -Perguntou Mariana.
-
Não tenhas medo é perto, mas tens de ir de ambulância. -Respondeu a enfermeira.
O
pai da rapariga já estava no hospital.
- Já
chegou pai? .
-
Sim, mas eu não posso ir contigo, fico aqui no hospital à espera.
-
Mas pai, eles dizem que vai demorar, vai ficar tanto tempo à espera? -Questiona
Mariana um pouco preocupada com o pai.
-
Espero o tempo que for preciso ,-respondeu o pai.
Mariana,
despediu-se dele e lá foi na ambulância.
Quando
chegou, já estava o seu médico à espera juntamente com uma equipe de médicos.
-
Olá jovem, bem-disposta? Perguntou o meu médico. Era tão engraçado, nunca a
chamava pelo nome.
-
Sim -respondeu Mariana.
-
Olha, vamos preparar-te para o exame, vais levar uma anestesia para que não
sintas nada, porque é um pouco doloroso, mas não tenhas medo que vai
correr tudo bem.
Mariana
depois de estar a dormir, foi submetida a uma série de fotos ao cérebro.
Naquela altura não havia TAC. nem RM.
Quando
começou a acordar, viu todos os médicos a olhar para todas aquelas fotos, como
que as estivessem a estudar.
-Está
tudo bem? Perguntou Mariana olhando para a enfermeira que estava ao pé dela.
-
Não Mariana, tens que ser operada.
Mariana
naquele momento, só queria era fugir, a operação nunca lhe tinha passado pela
cabeça e sem que ninguém visse, limpou uma lágrima que teimava em sair. Ela era
uma miúda forte, nunca se queixou, aceitou sempre bem tudo o que lhe estava a
acontecer. A educação que o pai lhe tinha dado estava a revelar-se.
Assim
que chegou ao hospital, saiu da ambulância deitada numa maca, estava muito
fragilizada por causa do exame. O pai foi ter com ela.
-
Então Mariana? -Perguntou o pai.
Mariana
olhou para o pai bem dentro dos seus olhos e disse:
-
Tenho que ser operada!- Respondeu a Mariana.
Aquele
homem que aparentava ter uma grande força e que nunca queria mostrar a sua
fragilidade naquele momento ficou sem fala, e Mariana, sentiu isso tudo. Passou
a sua enorme mão, e seus dedos longos e perfeitos, sobre o rosto da filha,
aquele gesto ficou na memória de Mariana para sempre...
Nessa
noite, Mariana não conseguia dormir, mas foi por pouco tempo porque a na sua
medicação, havia um comprimido para dormir.
Na
manhã seguinte, apareceu o barbeiro do hospital no quarto de Mariana, com uma
navalha, daquelas muito antigas e começou a rapar-lhe o cabelo. Foi tudo tão
depressa que nem dava para a pobre rapariga pensar, como iria ficar de cabelo
rapado…
Quando
se viu ao espelho, nem se reconhecia, era preciso tapar a cabeça, pensou
Mariana.
O
pai ao saber que a filha iria ficar sem cabelo, apressou-se a comprar um lenço,
na loja mais perto do hospital. O lenço tinha cores muito bonitas, mas era de
lã e com o calor que fazia, mas Mariana ficou radiante, tapava a cabeça isso é
que interessava.
Mariana
estava com o pai numa sala que ficava ao pé do seu quarto, era a sala onde se
podia ver televisão, quando apareceu o seu médico, este, fez sinal ao pai de
Mariana pois queria falar-lhe a sós. Estava com um ar muito sério, e enquanto
explicava ao pai, Mariana estava atenta e conseguiu perceber a suspeita do
médico. Não comentou com ninguém, nem mesmo com o pai, o médico suspeitava de
algo muito grave, talvez um tumor.
A
rapariga sabia que era grave o que tinha, mas a sua juventude falava mais alto
e isso não a deixava deprimida.
Era
hora da visita, a hora que mais gostava, naquele dia estavam todos os seus
familiares mais chegados, Mariana ficou radiante.
Nessa
noite, foi preparada para a operação, deram-lhe medicação que nunca tinha
tomado.
No
dia seguinte já não tomou a sua refeição preferida, o pequeno-almoço. Foi
levada de maca para a sala de operações. Na sala havia uma luz enorme por
cima da sua cabeça. O médico observava os RX e foi ter com ela.
- Bem
- disposta jovem? Perguntou o médico
-
Sim. - Respondeu Mariana um pouco nervosa.
-
Vou colocar-te esta máscara na cara e aos poucos vais deixar de nos ouvir e
ver, está bem? Disse o médico
-
Boa sorte! - Respondeu Mariana.
O
médico sorrio, dando uma enorme tranquilidade a Mariana.
Quando
acordou, já estava no quarto, abriu os olhos e olhando para os seus familiares,
a primeira coisa que perguntou foi se tinha corrido tudo bem. Estes acenaram
com a cabeça que sim e a pobre Mariana voltou a dormir até o outro dia. No dia
seguinte, um raio de sol reflete-lhe nos olhos e Mariana acordou, eram tantas
as dores de cabeça que nem se mexia, com a esperança que parassem, mas elas
teimavam em ficar.
- Bom
dia Mariana, – disse a enfermeira.
- Bom
dia ,– respondeu a rapariga, a muito custo.
- Então
com te sentes, tens muitas dores? -Perguntou a enfermeira.
- Muitas,
são dores que nem consigo explicar! - Exclamou a jovem.
- Vais
tomar todos estes medicamentos que te vou dar e vais ver que as dores começam a
desaparecer, – disse a enfermeira.
Era tudo o que ela queria ouvir, ficar sem
dores seria maravilhoso. Naquele momento tudo lhe vinha à ideia e lembrou-se do
livro que tinha estado a ler, tal como a menina do livro também ela não tinha
cabelo, e se o seu cabelo também nascesse aos caracóis como o da menina do
livro… sempre gostara de cabelo aos caracóis, nesse momento pensou – só queria que fossem caracóis…
No
terceiro dia após a operação, o sangue que estava dentro da sua cabeça, da operação, começou
a espalhar-se pelo rosto, como era possível que o seu rosto ficasse tão
desfigurado, evitava ver-se ao espelho, só o fazia para ver se o rosto estava
menos inchado. Nesse dia o médico apareceu para observar Mariana. Bateu à porta
como sempre fazia e só depois é que entrava, Mariana sentia uma grande
admiração pelo médico, era o seu anjo da guarda, era ele que estava aos
poucos a tirar a jovem daquele pesadelo.
-Bom
dia, jovem! Disse o médico sorridente.
-
Bom dia Dr.! - Respondeu Mariana.
-
Vou fazer-te alguns testes para ver se está tudo bem contigo. - Disse o médico,
começando a fazer todos os testes que tinha feito antes da operação e pegando
nas mãos de Mariana pediu a esta, para apertar as suas , o mais que pudesse, a
jovem assim fez e, o médico disse:
- Já
chega! Finalmente já tens força e é igual nas duas mãos, a boca já não está de
lado, a força das pernas está igual, está tudo a correr pela positiva!- Exclamou o médico.
Chegou
a hora da visita, vieram todos, e havia uma surpresa, os seus colegas foram
visitá-la, ficou um pouco preocupada, pois parecia um monstro, com aquele rosto
todo inchado e negro, mas pensou - se gostam de mim, nem vão reparar!
-
Como te sentes Mariana? -Perguntaram os colegas.
-
Agora já estou bem, a as minhas notas reprovei?!- Disse Mariana.
-
Não Mariana, os professores passaram-te e ficas-te com as notas iguais às do
segundo período, respondeu Lucília.
Mariana
deu um sorriso de orelha a orelha estava feliz, no próximo ano estaria na mesma
turma dos seus colegas.
Clarisse,
era a que aparentava ter mais idade e talvez por isso que foi ela a oferecer em
nome de todos uma enorme caixa de bombons.
-
Toma é para ti, para aqueceres o teu coração, é de todos nós. -Disse Clarisse.
Mariana
ficou tão feliz, aquele presente representava tanto para ela, representava a
amizade dos seus colegas de liceu, ficou naquele momento triste e feliz ao
mesmo tempo, como era bom saber que tanta gente se preocupava com ela.
Depois
dos colegas saíram, apareceu o médico a felicitar os seus familiares.
-
Parabéns, finalmente esta jovem já está bem, ela sofreu de uma hemorragia de um angioma
do lado direito que lhe provocou a paralisia do lado esquerdo, mas agora está
tudo bem, disse o médico.
Os
pais de Mariana nem sabiam como agradecer ao médico.
-Muito obrigada Dr. por tudo o que fez por Mariana. - Disseram os familiares.
-Muito obrigada Dr. por tudo o que fez por Mariana. - Disseram os familiares.
Nesse
instante, a jovem lembrou-se da bolada que levou no liceu e comentou o sucedido
com o médico.
-
Não jovem, o angioma já existia, essa bolada e o que aconteceu foi uma
coincidência. Estou muito feliz por ti, pois se não operássemos tão rápido
poderias ter ficado cega.
O
médico despediu-se de Mariana e dos seus familiares felicitando-os novamente.
Passaram-se
alguns dias e a jovem cada dia se sentia melhor, estava ela deitada quando
apareceu a enfermeira.
-
Mariana, sabes que dia é hoje? É véspera de S. António! – Disse a enfermeira.
A
rapariga olhou para a enfermeira um pouco curiosa com a afirmação.
-
Hoje, à noite, escreves três nomes de rapazes com quem simpatizas, dobras bem
os papelinhos e coloca-os debaixo da tua almofada, amanhã de manhã quando
acordares, tiras só um papelinho abres e vez o nome e esse vai ser com quem tu
um dia vais casar. -Disse a enfermeira.
- Diz
a lenda que S. António chamado de “casamenteiro”, mostra com quem vais casar.
-Disse a enfermeira.
Chegou
a noite e Mariana antes de adormecer, escreveu o nome de três rapazes que
conhecia e simpatizava, colocou os três papelinhos debaixo da almofada. Na
manhã seguinte, já não se lembrava dos papelinhos até vir a enfermeira.
-
Então, Mariana já sabes quem é?- Perguntou a enfermeira.
-
Oh! Nunca mais me lembrei! Exclamou Mariana, retirando de imediato um papel,
leu-o e sorrio.
-
Ficas-te satisfeita, com o nome? – Perguntou a enfermeira.
-
Sim, simpatizo muito com este rapaz, já o conheço desde que me lembro que
existo, só resta esperar para saber que S. António acertou. - Respondeu
Mariana, não sabendo ela que mais tarde iria casar com esse rapaz, mais uma
coincidência na sua vida…
Passados alguns dias após a operação, o médico disse a Mariana que lhe ida dar alta,
estava a correr tudo muito bem e tinha chegado a hora ir para casa. Nessa
altura a rapariga ficou um pouco apreensiva, ficou feliz mas ao mesmo com um nó na garganta, sempre foi tratada com muito carinho e amizade e aquele cantinho, como
ela chamava, era como se fosse seu, quem iria para aquela cama quando se fosse
embora…
-pensou Mariana.
-pensou Mariana.
Chegou
o grande dia, Mariana estava muito feliz naquela manhã, vestiu umas calças de
ganga e uma T-shirt, colocou na cabeça um lenço que a irmã lhe tinha comprado e
guardou o que o pai lhe tinha comprado, na sua mala. Chegada a hora da visita, apareceu o pai, com um
ar de satisfeito e disse:
-
Estás pronta Mariana? Perguntou o pai.
-
Sim pai, estou! Respondeu a jovem.
Despediu-se
das outras doentes, já não eram as mesmas que quando chegou, durante aquele
tempo que esteve no hospital, passaram por aquele quarto, várias doentes. Deu
um grande beijo à enfermeira e reparou que esta sorria com a mão a na boca, foi então que Mariana se lembrou que um dia a enfermeira, estava tão mal
disposta por causa da gravidez que foi vomitar, e com a aflição ,a sua dentadura
caiu para dentro da sanita. A enfermeira, em vez de tirar os dentes da sanita,
lembrou-se de puxar o autoclismo e os dentes lá se foram… era um amor de pessoa
aquela enfermeira, nasceu mesmo para aquela profissão.
Ao
lado do seu pai lá ia Mariana, com uma grande felicidade, ia curiosa, como
estaria a sua casa – pensou Mariana.
Foi
com muita alegria e lágrimas que foi recebida em casa, estavam lá todos os seus entes queridos.
Com
o passar do tempo o cabelo da jovem começou a crescer, muito forte e muito
escuro, liso e sem caracóis, que gostaria tanto de ter.
Após
dois anos do sucedido, Mariana andava tão bem que o neurologista, pensou em
retirar a medicação que tinha sido receitada pelo neurocirurgião, após alguns
dias sem medicação, Mariana teve um ataque de epilepsia. Não podia deixar de
tomar a medicação.
Passados dez Mariana casou, com o rapaz do papelinho, teve dois filhos, uma rapariga e um rapaz.
Passados dez Mariana casou, com o rapaz do papelinho, teve dois filhos, uma rapariga e um rapaz.
Quando tinha cerca de quarenta anos, foi a uma
consulta de neurogirugia, porque andava sempre com dores de cabeça. Não
conhecia a uma médica, pois o médico que a operou já tinha falecido, esta ao
ver os exames que Mariana tinha trazido do hospital, disse:
-
Mariana, pode crer que o médico que a operou, fez um bom trabalho, pois naquela
altura operações à cabeça era como operar no escuro, vai fazer um TAC e uma RM.
– Disse a médica.
Mariana,
ficou um pouco preocupada pois, nunca tinha, feito aqueles exames.
Fazer
os exames não a preocupava, mas sim os resultados. Depois de os exames estarem
prontos, começou a ler o relatório, tinha múltiplos cavernomas no sistema
nervoso central, o que queria dizer tudo aquilo, pensou Mariana. Foi mostrar os
exames à médica e esta explicou que cavernomas são má-formações vasculares
congénitas. Foi um grande choque, ao saber ao fim de tantos anos, que tinha
mais angiomas, como aquele que há muito tinha sangrado provocando um coágulo de
sangue.
Durante algum tempo andou muito ansiosa, mas depois de muito pensar, a sua politica de vida começou a ser:
Saborear a vida, desfrutando de todos os bons momentos, juntamente com a sua família.
Durante algum tempo andou muito ansiosa, mas depois de muito pensar, a sua politica de vida começou a ser:
Saborear a vida, desfrutando de todos os bons momentos, juntamente com a sua família.
Mariana
partilha a sua história, com todos, sobretudo com todos aqueles que sofrem,
dizendo que devem ter sempre muita força, muita fé e nunca desistir...
A todos aqueles que tiveram paciência de ler, esta história verídica,
-Um bem hajam !
Isabel
-Um bem hajam !
Isabel
3 comentários:
Isabel lia outras tantas histórias contas por si, um texto muito simples e muito agradável de ler, sou disléxica, devia ler mais para combater a dislexia, lamentavelmente sou preguiçosa, mas adorei ler esta história!
Um abraço.
Ana Paula, fico feliz por ter gostado.Diz que tem preguiça para ler, mas tem umas mãos de fada... dá gosto ver o seu blog.
Beijos
Nem me atrevo a dizer nada... Xi.<3
mana
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